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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

COLETA DE RECICLADOS SE TORNA NOVA FRENTE DE TRABALHO

Coleta de reciclados se torna nova frente de trabalho
terça-feira, 23 de agosto de 2011



 Tatyane Brito
Cada vez mais reconhecidas como um importante movimento social, as cooperativas de catadores de materiais recicláveis vêm se expandindo rapidamente pelo Brasil, nas pequenas e grandes cidades.

Transformando-se em um negócio rentável, há benefícios na coleta seletiva para o meio ambiente e para a sociedade, já que a atividade promove a inclusão para pessoas que optaram por melhores condições de vida e trabalho fora dos lixões.

Os catadores organizados em cooperativas têm uma importância fundamental nessa nova frente de trabalho. Os dados não são exatos, mas estima-se que existam cerca de 300 mil a 1 milhão de catadores em todo o país, de acordo com o Movimento Nacional dos Catadores, que no final do ano de 2006, registrava 450 cooperativas normalizadas e 35 mil cadastrados.

O que se torna lixo para uma pessoa, para outros é uma forma de sustento. Na cidade de Mongaguá, os materiais que são jogados fora têm destino certo. A COOPEMAR (Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Mongaguá e Região), que se formou a partir de um grupo de pessoas que saíram do lixão da cidade, hoje é reconhecida como uma empresa que emprega 26 trabalhadores do município.

"Hoje eu posso dizer que tenho uma profissão e um trabalho digno. Todo mês eu consigo pagar as contas e colocar comida dentro de casa”(Iranilde Lemésio da Silva)Construído pela prefeitura da cidade, o galpão–sede da COOPEMAR possibilitou aos coletores melhores condições de trabalho, como a capacitação e o aperfeiçoamento de maquinário para fabricação de produtos recicláveis.

A presidente da COOPEMAR, Maria Selma Silva, trabalhava no lixão da cidade há 10 anos. Sem escolhas, Selma viu no lixão um meio de sustento. "Quando fui trabalhar lá, eu fui com a cara e a coragem. Sabia dos perigos e das condições do lugar, mas como não tive alternativa, fui obrigada a trabalhar lá".

Sabendo dos perigos, ela resolveu montar um grupo de pessoas, que tinham a mesma visão de mudanças, para organizar uma cooperativa. Com a ideia pronta e a vontade de mudar, Maria Selma levou o projeto à prefeitura da cidade, que desenvolveu trabalhos de integração social aos catadores do lixão.

Eventos, palestras e cursos foram promovidos para capacitar os coletores. Hoje, com a cooperativa pronta, Maria Selma coordena e promove ações para o crescimento da empresa. “Fomos a vários eventos em São Paulo que desenvolvem esses trabalhos. Conhecemos os cooperários de Moçambique, que nos mostraram as idéias que eram implantadas lá”, conta a coletora.

Com história semelhante à de Maria Selma, a fiscal da cooperativa Iranildes Lemésio da Silva conta que o lugar modificou a sua vida e ampliou a visão de trabalho. "Hoje eu posso dizer que tenho uma profissão e um trabalho digno. Todo mês eu consigo pagar as contas e colocar comida dentro de casa”. Neste mês, a COOPEMAR vai receber da prefeitura um galpão maior e com o maquinário novo que ampliará os negócios. “Com a chegada das máquinas, iremos conseguir mais vendas, poderemos trabalhar com mais segurança e conforto”, comenta Iranildes.

COOPEMAR- Para movimentar a cooperativa, os cooperários andam em média 30 km e puxam cerca de 400 quilos de recicláveis todas as noites. De manhã, eles juntam a mercadoria e começam a separar material por material.

Para as negociações, os cooperários dispensam a presença dos atravessadores, que são pessoas que compram esse material, geralmente por um preço abaixo do que é justo. A venda é negociada e fechada diretamente com a empresa credenciada, fazendo com que todo o trabalho em juntar o produto seja satisfatório.

O secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Mongaguá e idealizador dos projetos da COOPEMAR,  Vicente Domênico, diz que a cooperativa ainda está em fase de crescimento. A ideia principal é a de acabar definitivamente com o lixão e retirar as pessoas que ainda vivem dele. “O aterro está inoperante. O local só serve para transbordo do lixo, que vai para Santos. Mas, temos um grande número de pessoas que insistem em trabalhar por conta própria, colocando em risco a saúde”, comenta.

Para a retirada dos moradores, a prefeitura promoveu trabalhos sociais, como cadastrar os residentes do lixão na cooperativa. “Estamos trabalhando por essas pessoas que ainda vivem do lixão. Nossa meta é a de mudar o local do transbordo para uma outra área, sem povoamento. Dessa forma conseguiremos levá-los para a empresa”.

O secretário também fala que o fator degradação social atrasa o processo. “A ideia da cooperativa sempre foi a de acabar com o lixão, mas os problemas sociais atrasam o trabalho.”

O biólogo Fábio Azevedo diz que os catadores organizados em cooperativas tem melhores condições de vida e lucros maiores. “A união com democracia e organização rende um trabalho satisfatório e lucrativo. Além do mais, ajudam na preservação do meio ambiente e na limpeza da cidade”.

Infraestrutura
- A COOPEMAR oferece um espaço organizado de trabalho para os catadores. No local há cozinha, banheiros, estacionamento para carga e descarga de materiais e área para descanso. 
fonte: http://www.online.unisanta.br/2011/08-27/geralis-3.htm


                                              Biólogo FÁBIO AZEVEDO


"Incentivar e formar cooperativas de catadores é uma maneira de contribuir com a cidadania, promovendo dignidade e repeito às pessoas que exercem tal atividade.
É próprio também afirmar que a NATUREZA AGRADECE pois, além de gerar emprego, diminui o volume de lixo que, ao invés de poluir, produz economia sócio-ambiental", disse DOMÊNICO, Diretor de Meio Ambiente.                         






Um comentário:

  1. Muito legal a matéria! Só precisa corrigir COOPERMAR, que saiu COOPEMAR... e o nome da catadora é Iranildes Nemézio... rsrs se bobear sei até as datas de nascimento de todos os cooperados!! Parabéns para Mongaguá por essa conquista, onde eu também tenho a oportunidade de participar ao lado do Domênico e do Fábio!

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